sexta-feira, setembro 06, 2002

 
MAS O QUE ELES ESTÃO COMEMORANDO?

Sei q a maioria das pessoas não entende de astrologia, não acredita e não se importa; mas via de regra todo mundo acha um pouco engraçado. noutro dia reparei uma coisa engraçada tbm...

Estava vendo um documentário sobre "Hair", a peça, sabe? O musical. Um sucesso estrondoso, todos os anos em q a primeira montagem ficou na estrada, as dezenas de lugares pelos quais passou, todas as vezes em que foi censurada. Aí vi ser executada a musiquinha-tema, akeles versos escandalosos: "This is the dawning of the Age of Aquarius/Age of Aquarius!"; e fui pensando... "é estranho como o teatro foi umas das formas de arte modernamente mais desfavorecida... depois do surgimento do cinema e da TV, ele teve uma ou duas voltas, alguns movimentos importantes, mas de maneira geral foi derrubado em definitivo do posto de maior arte dramática da humanidade. No século XX tudo q o teatro fez foi se fuder".

EI, não pensem que eu não gosto de teatro, eu adoro teatro! Mas vc tem q admitir q o século passado foi péssimo pra ele. "Mas e os modernistas, e os grandes espetáculos?" Não são grande coisa se vc pensar q, antes do Vídeo, o teatro reinava só. Hj em dia tudo q temos são ou as comediazinhas medíocres, ou os gdes musicais, ou os revolucionários; temos revolucionários em cada esquina da cena teatral, é um inferno.

Acontece, pessoal, q o signo padrinho das artes teatrais é justamente Leão - diametralmente oposto de Aquário; que por sua vez tem ojeriza à vaidade, à emotividade, ao improviso criativo apaixonado q o teatro costuma representar. "Ah, mas eu conheço um amigo meu Aquariano que..." Não interessa, rapaz, pessoas são todas misturadas; os signos são ideais genéricos que se refletem nas Eras. E esta Era q se iniciou é o espelho de um ideal anti-teatral.

Na verdade, qdo cantavam vivas à chegada de Aquário, tudo q os atores de "Hair" faziam era dançar sobre o túmulo precoce de sua própria arte...
posted by Heitor 4:06 PM

terça-feira, setembro 03, 2002

 
FILOSOFIA DE BOTEQUIM

Não sei se esta é mais uma das séries sobre expressões geniais e seus geniais significados, mas muito provavelmente é. "Filosofia de botequim" é uma adjetivação fantástica, pq é destas q ninguém consegue definir com outras palavras, mas todo mundo entende o q quer dizer.

Não é pra dizer q sou mestre de filosofia de botequim (talvez da filosofia de quiosque), mas tenho cá minha experiência em transformar qquer conversa em uma desta "modalidade". Entenda-se com isso filosofia desprovida em gde parte de coerência, interrompida por excessiva gritaria, e via de regra terminando com um "é, mas tudo é relativo" ou qquer coisa parecida, risadas, e uma nova rodada de bebida.

Filosofia de botequim é uma coisa intensa, pq está todo mundo desinibido - mesmo q num tenha bebido, o fato de os outros estarem desinibidos transforma o ambiente de tal jeito q ele acaba se deixando levar. É uma discussão gritada, cheia de convicção, mas q consegue ser ao mesmo tempo ferrenha e camarada, pq eu nunca vi dois sujeitos q estavam filosofando em botequim sairem brigando. Qdo muito, saem discutindo mais ainda; se brigarem, é pq não estavam filosofando.

Filosofia de botequim acaba sempre sendo um troço meio cósmico, metafórico, indefinido, pq mesmo qdo resolvem de debater de forma bem debatida, ninguém está se esforçando pra defender uma tese de vigor científico, provar por indução de A pra B, está só falando pq acha legal, então deixem a mente dele ir pra onde quiser, porra! E deixem ele usar palavrão tbm, q q tem palavrão? Acaba q os assuntos flutuam sempre, sempre pra profundidades impensáveis, coisas como:qual a razão de se viver? Como seria Deus, o q vc perguntaria pra ele? é certo matar alguém como punição? coisas assim.

Isso eu acho q é o mais engraçado: a vida toda o sujeito tem q levar tudo a sério. Chega na hora da folga, e ele resolve de tratar dos assuntos mais sérios ainda, aliás, muito mais sérios; só q casualmente! O q será q é mais importante, tirar a xerox do patrão, ou tentar arrumar um sentido para a própria vida? A filosofia de botequim é, tbm, o resultado de uma moderna inversão de valores, de tratar seriamente o q é frívolo, e frivolamente o q é sério - mas isso é assunto pra outro post.

Outra coisa engraçada: em poucas outras situações é possível tratar outro como igual, pra não dizer íntimo, tão rapidamente. O sujeito q vc conheceu hj parece q é seu amigo há anos, só pq vc e ele estão há duas horas aos berros tentando um mostrar ao outro pq as superstições populares são ou deixam de ser furada.

O q me lembra outra coisa, q eu devia até ter falado antes: elas sempre levam a um relacionamente saudável. Pq se vc não leva a sério, isso acaba fazendo com q respeite, invariavelmente, a opinião alheia; afinal q outra escolha vc tem, brigar e acabar com a diversão? Vc respeita o cara, mesmo q seja um respeito irritado, meio rabugento, xingado. Além do mais, akilo num vai levar a nada mesmo, deixa estar...

Pensando bem, a verdade da discussão de botequim é a verdade de todas. Discussões, não levam a nada, quer dizer, não levam a uma conclusão. Podem levar a uma verdadeira troca de idéias, se a mente e o ambiente forem abertos, e podem proporcionar um debate agradável se, é claro, vc gostar de debates; conclusão, nunca. Filosofia nunca é conclusiva, mesmo, sempre esbarra em alguma forma de fé e fica por ali mesmo. O espírito dos botequins, quiosques e bares em geral, deveria ser transportado para toda a vida: esqueça as diferenças, eskeça até o rumo, se achar por bem de fazê-lo; o q importa é curtir o caminho...
posted by Heitor 12:19 AM

segunda-feira, setembro 02, 2002

 
Tenho q Pedir desculpas por duas coisas: primeiro, pelo sistema de comments, q mais uma vez foi pro espaço junto com a Haloscan (q era quem fazia o serviço). Segundo, pelos archives, q tão com um link errado e num funcionam por motivos até agora misteriosos, q inclusive me fizeram perder um post enorme onde eu descontava minha raiva nos programadores de computador... vou dar um jeito nisso assim q possível. E vou falar mal deles de novo, tbm.
posted by Heitor 7:22 PM

 
2 TIPOS

Minha mana fez aniversário hj e, durante o churrasco dela eu pus-me a pensar... costumo achar festas e congêneres locais estupidamente inspiradores. E das festas, têm dois tipos q me inspiram mais: essa tipo a de hj, q consiste num bando de gente comendo e batendo papo em grupos, em q vc ou não conhece ninguém ou súbito se vê sozinho, observando os outros; ou então akele tipo um lugar escuro, apertado, com músicas altas e gente estranha, e onde vc súbito se sente sozinho, olhando pro teto. A festa de hj foi do primeiro tipo, num primeiro momento; quase todos os finais de semana são do segundo, mas infelizmente eu sempre chego em casa, desabo na cama, e eskeço o q quer q tenha me inspirado.

Bom, ver festas de aniversário da minha irmã sempre servem pra mostrar como somos diferentes, e esta de hj me fez pensar em como, no fundo, no fundo, sempre se pode dividir as pessoas em 2 tipos. Claro q isso é pq dividir em 2 é a operação mais básica, mas não vem ao caso.

O mais clássico exemplo é o da pasta de dente. Só tem dois tipos de pessoa: os dos q vão apertando o tubo de pasta de dente metodicamente, puxando desde a pontinha até a boca, bonitinho; e os q apertam de qquer jeito. Logicamente q eu, chato como sou, faço do primeiro; e a Jú, q mal tem tempo de te dizer oi qdo chega em casa, do segundo.

Mas socialmente, tem uma classificação muito boa, no fundo uma variável da pasta de dente: de um lado os q cultivam um mesmo bando de amigos a vida inteira, e mesmo qdo não são os mesmos, é sempre um bando. Do outro os q pipocam de um canto pro outro, conhecem gente de todos os cantos, adoram todos... Minha irmã, óbvio, é uma destas, e não sabe dar uma festa com menos de 70 convidados. Eu não consigo lidar direito com mais de 20.

Outra ainda. Tem gente q conhece todo mundo pelo nome, sabe o q todo mundo faz, de onde vêm, mas ninguém sabe quem é ele; e tem o sujeito q é conhecido por todos, fala com todos, mas mal sabe quem é quem.

Tem o pessoal q acha q aproveitar a vida é vivê-la intensamente, fazer tudo o q pode, rápido q o relógio naum perdoa; e tem o tipo q acha q aproveitar a vida é curtir cada momento na velocidade q bem entender, curtir cada segundo sem pressa.

Tem os q dormem a qquer hora, em qquer lugar, sem esforço nenhum; e os q mesmo em casa, na cama, passam horas tentando arrancar qquer soninho q seja.

Tem os q gostam de escutar cd, qquer cd, faixa por faixa, na ordem; e os q escutam toneladas de músicas diferentes, de discos diferentes, na ordem q resolvem qdo ligam o aparelho.

Tem os q são apaixonados pelo cheiro da natureza, q gostam pq gostam da sensação de estar sozinho, quieto no mato, no mar, num ligam pra bicho, areia ou falta de banheiro; e tem os q até gostam de visitar o campo, mas de preferência com um acesso à internet a 100 metros de distância.

Tem os q se apaixonam perdidamente por um tempo, vivem akilo como se fossem morrer amanhã, brigam e nunca mais se vêem, mas nunca se eskecem; e tem os q quase nunca fazem isso, encontram uma pessoa certa, ficam com ela a vida toda, e nem têm como se eskecer.

Tem os q dirigem procurando a fila q anda mais rápido, o atalho pra fugir do engarrafamento, o lugar onde podem passar a velocidade máxima sem q o radar os pegue; e tem os q simplesmente dirigem. Já ouvi dizerem q existe uma outra classificação: das pessoas q xingam enquanto dirigem, e das q não xingam; mas sinceramente não acho q exista gente desse último tipo.

Enfim temos todo o tipo de classificação interessante: os q acreditam em qquer coisa e os q duvidam de tudo, os q escutam música no trabalho e os q não escutam, os campers e os rushers... agora se quer mesmo saber o único método dual de classificação realmente básico, é este:

De um lado está vc, do outro lado estão todas as outras pessoas. Vc é vc, o q é diferente não é vc; simples assim. É a partir daí, e não da pasta de dente (q apesar disso mantém firme seu posto como 2ª classificação de personalidade mais importante) q vc define o restante das pessoas. E acho q é por isso q dizem q o único jeito de sentir-se realmente unido a alguém, é eskecendo de si mesmo, senão, enquanto houver o eu, o resto será sempre o resto...


posted by Heitor 12:46 AM

 

"Eu esperei uma eternidade por isso... atualizaram o bonilha!"

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Atualizado quando eu quero e foda-se!

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alguém devia proibir esse tipo de trocadilho idiota.

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Nem todo mundo pode parecer sinistro. A maioria fica apenas... ridícula.

Bem-vindos! O blog mudou de hospedeiro, mudou de cara, largando aquela coisa de template temático, mas continua a mesma parada tosca.

BONILHA BLOG não é um projeto, não é uma experiência, é apenas um lugar onde posso escrever publicamente o que quer que ache interessante, para quem quer que ache interessante poder ler.

 

QUEM É VOCÊ?

Heitor Coelho, na casa dos vinte, atualmente no limbo entre bacharelado e advocacia, magalômano, ponto focal de convergência de interesses esdrúxulos, frequentemente confundido com Hector Bonilla, acredita em dialética, astrologia e robôs gigantes.

Se você tem algum comentário sobre esse blog, ou encontrou algum erro, link defeituoso, etc., por favor mande-me um mail

BREVE:

Xenosaga: Episode 2! Haradrynn! Tao 2! E mais referências pseudo-intelectuais do que você poderia contar nos dedos!

CONTOS DO BONILHA!

O velho Kryptus parece meio cansado... já faz 8 anos q ele estreou um conto meu.

Para você ler online, ou baixar para ler no seu computador. Um estoque permanente de toda minha "extensa" obra literária!

PS: Parei com aquela porcaria de legenda, aquilo dava muito trabalho...

CONTOS:

"APRENDIZ DE FEITICEIRO"- este é dos velhos. Magos infestam um futuro apocalíptico(q, aliás, já passou;-)).

"O ARNALDO É LOUCO" - crônica escolar, sobre meu antigo professor de matemática.

"OS DIAS NEGROS DE KRYNN" - ainda mais velho, meu primeiríssimo. D&D puro, se vc num gosta, fique longe.

"DEZ REALIDADES" - coletânea de dez pequenos contos ligeiramente interligados.

"DESCRENÇA EM 6° CÍRCULO" - menos D&D q Dias Negros, mas muito maior. Velhos companheiros de aventura reencontram-se, agora como inimigos.

"É, MAURÍCIO..." - o trágico fim de Maurício Razi?

"A TERRA DA DEUSA FURIOSA" - uma expedição rumo ao desconhecido e um final inusitado.

"NÉVOA PRATEADA" - a sequência de "Aprendiz de Feiticeiro".

"MOLHADO" - um assento de Ônibus molhado e muita realidade consensual.

"MATRIZ" - pequena sequência de estórias passando-se na Casa da Matriz, aki no Rio.(antes q vc pergunte, com personagens fictícios)

"RANDÔMICOS" - a origem de Gericault, andarilho dos olhos prateados, e um breve debate sobre Destino, Acaso e Morte.

"KÉRAMUS E O POTE DE VENTO" - a história do mago mais poderoso de Heshna, e de como ele consegiu encher um pote com vento.

"JUSTIÇA" - conto policial com Shade, um detetive levemente amargo.

"MUUNAITE III, DE PARTI" - 2 amigas batem um papinho na festa mais boyplay da cidade.

"TAO, O NOME" - conheça TAO, o maior jogador de videogame de todos os tempos.

"O SONHO DE TAKASHI" - o primeiro conto lodista! Pode Takashi lembrar-se de seu sonho e sua idéia ao mesmo tempo?

"PISANDRO" - um professor de História relembra sua juventude, seu amor perdido, e suas desavenças com Deus e o Destino.

"O EVANGELHO SEGUNDO K. C." - dois senhores discutem música e religião num futuro próximo. Bom, não tanto.

"NADA DEMAIS" - Nada demais mesmo. Juro.

"TAO - POR QUE LUTAR" - Tao, o rei dos games, revela algo do seu passado, e de como começou a jogar sério.

"BRINQUEDOS" - Os brinquedos de Joãozinho eram especiais: podiam falar e até mesmo brincar sozinhos! Ou será que eles estavam trabalhando?