sábado, outubro 05, 2002
terça-feira, outubro 01, 2002
CLASSE DE PERSONAGEM Não é notável como algumas pessoas resolveram de escolher na vida uma "classe de personagem"? Vc, jogador de D&D, sabe o eskema: classe era uma "profissão", um estereotipozinho pra encaixar seu personagem, pra dar a ele habilidades especiais e alguma coisa q ele soubesse fazer, e expressar o quão bem ele fazia. Te perguntavam: o q vc é?
"Um mago de 5° nível."
"Um halfling ladrão de 7° nível."
"Um paladino de 10°."
Etc.
Hj em dia, canso de ver na rua gente q, se perguntassem a eles o q são, poderiam responder:
"Sou punk de 4° nível."
"Sou clubber de 3°."
"Sou nerd de 6° nível."
"Sou playboy de 10° nível."
Etc. Caramba, será q as pessoas gostam de se sentir num estereótipo? Quer dizer, sei q no fundo no fundo ninguém é original, mas pelo menos o pessoal podia variar, né? Eu não costumo gosta qdo acho q estou virando um clichê. Prefiro tentar ser uma colagem de mil coisas estranhas entre si; provavelmente sem conseguir mas... porra, esse conformismo é o q mata. Aliás, mais q conformismo, é gosto, mesmo. É o pessoal q só falta bater no peito e gritar: "me reduzi a um clichê!!! Nâo é o máximo?!?!Olhem pra mim, olhem!"
Argh. Gente é mesmo um bicho estranho.
posted by Heitor 4:02 PM
O SOLITÁRIO CAMINHO DAS PEDRAS Entrando no clima de eleições.
Estava eu sentado sozinho num canto da Casa Rosa, assistindo ao chorinho, primeiramente pq às vezes é legal assistir alguma coisa sozinho, e secundariamente pq estava com preguiça de ir no meio da muvuca procurar conhecidos.
Lá pelas tantas reparo q o Minc - Carlos Minc, candidato a Deputado Estadual; qualé, é claro q vc sabe quem é! - está saracuteando por ali, na boca da galera, próximo ao grupo, inquieto. Já tinha esbarrado nele antes, no show, e em alguns pontos da Casa, nunca parado no mesmo lugar, sempre buscando olhares conhecidos na multidão, ou entrando numa espécie de transe festivo pré-programado, q ele provavelmente passou a vida inteira fazendo.
Só q qdo ele virou-se pra sair embora... eu não sei bem dizer, não. Ele me pareceu a criatura mais sozinha do universo.
Nada de "coitadinho do Minc". E nem adianta vir com akela de "estamos todos sozinhos no fundo", até é interessante mas não é o assunto agora. O q eu fiquei pensando é q existe um preço a se pagar por tudo... Muita gente pensa q ser político, qquer tipo, é o máximo, é simplesmente foda: poder, influência, dinheiro, tudo grátis.
...Grátis?
Ser político é ter a obrigação de ser sempre popular. Vai ter no mínimo um setor da população q vc vai ter q agradar, sempre sempre sempre. Isso significa ser excessivamente gentil com todos os estranhos, e viver fazendo de si mesmo a projeção de uma imagem q agrade a esses estranhos. O Minc precisa agradar a juventude, seus eleitores? Então ele precisa pra sempre ser doidão, alternativo, falar a "língua dos jovens" e toda essa palhaçada.
Outra: política é jogo de cobra criada. Vc vira as costas e é apunhalado. Confia demais e te deixam na mão. Ser político é, em gde parte, viver sem confiar muito em ninguém, sem se abrir com ninguém, e ficar sempre com um olho aberto pq nunca se sabe quem pode estar espiando.
Além disso, ser pessoa pública é uma bosta. Diga adeus à boa parte da privacidade. Prepare-se para ver qquer ato seu q não se encaixe no perfil eleitoral sendo duramente contestado, aliás, pensando bem, prepare-se para q todos eles sejam, afinal nunca se agrada a todos.
E repensando dava pra vc ver. Q as diversas pessoas q o Minc conversava na festa, não eram lá muito amigas, nem mesmo conhecidas, talvez nem o tipo de pessoa q ele queira conversar; afinal ele já está mais velho, e por mais q vc goste dos mais jovens, eles estão quase sempre fazendo e dizendo as mesmas besteiras q vc já fez e disse 20 anos atrás, e q o Minc já deve estar de saco cheio de ouvir. Q qdo ele ficava "doidão", já não significava mais nada; ele já deve ter feito isso tanto, mas tanto, na certa não aguenta mais. E q qdo zanzava de um lado pro outro pelo agito, com o olhar pipocando de lá pra cá, dava pra ver q o q ele buscava no fundo não era um conhecido; pq conhecido só não faz companhia...
...e ali no meio dakela multidão, ele estava muito mais só do q eu estava e, espero, estarei em toda minha vida.
Esse é o preço da política. Um deles. Não importa o qto a reputação deles esteja na lixeira: na teoria (veja bem, teoria), o político é um dos profissionais mais nobres do mundo, alguém que abdica de coisas tão básicas como companhia, privacidade, e de maneira geral a chance de viver a própria vida, em benefício alheio.
posted by Heitor 8:01 PM
Atualizado quando eu quero e foda-se!
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Bem-vindos! O blog mudou de hospedeiro, mudou de cara, largando aquela coisa de template temático, mas continua a mesma parada tosca.
BONILHA BLOG não é um projeto, não é uma experiência, é apenas um lugar onde posso escrever publicamente o que quer que ache interessante, para quem quer que ache interessante poder ler.
QUEM É VOCÊ?
Heitor Coelho, na casa dos vinte, atualmente no limbo entre bacharelado e advocacia, magalômano, ponto focal de convergência de interesses esdrúxulos, frequentemente confundido com Hector Bonilla, acredita em dialética, astrologia e robôs gigantes.
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Xenosaga: Episode 2! Haradrynn! Tao 2! E mais referências pseudo-intelectuais do que você poderia contar nos dedos!
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PS: Parei com aquela porcaria de legenda, aquilo dava muito trabalho...
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"APRENDIZ DE FEITICEIRO"- este é dos velhos. Magos infestam um futuro apocalíptico(q, aliás, já passou;-)).
"O ARNALDO É LOUCO" - crônica escolar, sobre meu antigo professor de matemática.
"OS DIAS NEGROS DE KRYNN" - ainda mais velho, meu primeiríssimo. D&D puro, se vc num gosta, fique longe.
"DEZ REALIDADES" - coletânea de dez pequenos contos ligeiramente interligados.
"DESCRENÇA EM 6° CÍRCULO" - menos D&D q Dias Negros, mas muito maior. Velhos companheiros de aventura reencontram-se, agora como inimigos.
"É, MAURÍCIO..." - o trágico fim de Maurício Razi?
"A TERRA DA DEUSA FURIOSA" - uma expedição rumo ao desconhecido e um final inusitado.
"NÉVOA PRATEADA" - a sequência de "Aprendiz de Feiticeiro".
"MOLHADO" - um assento de Ônibus molhado e muita realidade consensual.
"MATRIZ" - pequena sequência de estórias passando-se na Casa da Matriz, aki no Rio.(antes q vc pergunte, com personagens fictícios)
"RANDÔMICOS" - a origem de Gericault, andarilho dos olhos prateados, e um breve debate sobre Destino, Acaso e Morte.
"KÉRAMUS E O POTE DE VENTO" - a história do mago mais poderoso de Heshna, e de como ele consegiu encher um pote com vento.
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