quinta-feira, março 20, 2003

 
ASPAS

Quando o pessoal de George Bush cometeu a gafe de ligar a câmera antes de dizer ao mesmo que já estava no ar, o letreiro que indicava a situação, posto lá, desconfio, por uma emissora de TV britânica, dizia: Bush fala sobre a operação do "Desarmamento" do Iraque.

Aprecio o velha e boa ironia inglesa (em meus sonhos fico sempre imaginando que o Blair na verdade está sendo apenas irônico - "pessoal, eu estava mandando akeles soldados pra guerra mas era tudo uma ironia mordaz, vcs trogloditas da américa é que não pegaram o espírito da coisa"). Mas desta vez, sou forçado a criticá-los por sua incapacidade de acompanhar o "brilhante" (agora sim, as aspas) raciocínio estratégico Bushiano. E acrescento q qquer mérito meu por conseguir acompanhá-lo advém do fato de q tenho jogado muito FF VI: coloque uma maquiagem de palhaço japonês no Bush e pronto, ele fica igualzinho ao Kefka.

Ora, Bush já disse que sua intenção é desmantelar o eixo do Terror. Terroristas, acho q isto já está perfeitamente provado, não precisam de nenhuma arma além de uma faca de plástico; na verdade suas maiores armas são suas próprias vidas sacrificadas em nome da causa. Veja, é até simples: o único modo de tirar suas armas é tirando suas vidas! Há perigo de atividade terrorista no Iraque? Bomba neles! E na Turquia, q ainda por cima desobedeceu nossas ordens? Bomba! etc.

É claro, não sejamos ingênuos de acreditar que isto seja motivo para a guerra. Acredito que esteja mais para uma lógica razoável, que justifique os Iraquianos como alvos das exigências da indústria bélica americana. "Bush, estamos precisando de uma grana, não tem ninguém pra bombardear não?" "Hmmm... não sei..." "Que tal os Iraquianos?" "Sei lá, o pessoal não vai reclamar, não?" "Nah, quéisso, lembre-se que todo mundo ali é um terrorista em potencial (ao que talvez tenham acrescentado: "até as criancinhas"), uma arma humana!" "É, tem razão. Acho q não tem problema matar eles, então." Raciocínio semelhante possa talvez ter ocorrido quando se pensou em chamar a coisa toda de "Libertação do Iraque". Estão apenas libertando-os de uma vida sem casa, sem comida, computador pessoal, telefones celular e McDonald's - certo, estão libertando com um míssil no estômago, mas sinceramente, quem gostaria de viver uma vida miserável destas?

Acho q, em algum lugar dentro da mente paranóica da maioria da população estadunidense, favorável à guerra, esta lógica bizarra encontra abrigo. "Antes ele do que eu", pensa o chefe-de-família americano, bebendo sua cerveja e assistindo seu football, sem perceber que apagar o Iraque do mapa não faz parte dos pré-requisitos para sua sobrevivência - embora talvez o faça para pré-requisitos de sua sobrevivência no atual nível de conforto material, o q é outra história.

Portanto, caros retransmissores, deixemos de lado as aspas quando falarmos em desarmamento ou libertação do Iraque, porque na verdade, e infelizmente, o governo Bush não tem espaço pra ironias.
posted by Heitor 11:00 PM

quarta-feira, março 19, 2003

 
ESPECIFICANDO

O q anda me dificultando qquer escrita ultimamente é uma coisa terrível q me acomete de vez em qdo: sede de RPG. Qdo digo isto, não digo RPG necessariamente de mesa, quer dizer, principalmente não pela parte da interpretação. Pela parte técnica: os tecnicismos RPGísticos são ciclicamente viciantes. Vc acha q passou, passou, eskeceu daquela porcaria e nunca mais quer ver na sua frente - dali a um punhado de meses está batendo uma vontade irresistível de matar monstro, fazer cálculo de dano, pontos de vida, e a mais satisfatória das contas de matemática - o seu xp - q resulta no mais satisfatório anúncio: passei de nível!

É claro que estou falando de D&D; não necessariamente de D&D, mas em toda sua imensa linhagem, na grande herança q é o seu estilo. Hj em dia vc basicamente tem dois tipos de jogos estratégicos, sejam eles ou não no estilo RPG: em uns vc passa de nível, em outros não, e quer saber? Passar de nível faz uma falta tremenda. Nada como passar de nível, ganhar item mágico, poder novo, melhorar a defesa, o ataque, essas coisas.

Conclusão? Estou precisando desesperadamente ddesbloquear meu PS2. É sério; esta sede é gde demais pra ser saciada por sessões de RPg de mesa, requer horas diárias de jogatina frequente, de preferência com novidades. É mais chato evoluir dentro de um sistema de regras já dominado... Honestamente, estou com vontade desesperadora de jogar Xenosaga, não aguento mais o pessoal da XGAM elogiando, putaqopariu! É isso. É específico assim!

E não tem erro, cara: robôs gigantes, sistema estilão D&D, e Nietzsche. Só pode ser foda... eu nem tenho dinheiro direito, mas acho q vou mandar à merda e aparecer lá na segunda pra desbloquear esta porcaria. Vai ser na base do foda-se.
posted by Heitor 11:45 PM

segunda-feira, março 17, 2003

 
A LÓGICA FILOSOFAL DA HOMOSSEXUALIDADE ALHEIA

Se você nasceu na Terra e, pelo menos nesse momento, gritaram “é um menino, é um menino!”, alguém já te sacaneou te chamando de homossexual, ou pelo menos tentou, e você, naturalmente, revidou na mesma moeda todas as vezes (ou não, mas aí problema seu).

Claro, as mulheres jamais entenderam que, muito mais que uma diversão tola, este hábito de xingar-se mutuamente é um exercício lógico-filosófico complexo, que ajuda a desenvolver, desde pequenos, nossa incrível e invejada capacidade intelectual superior.

Não esperamos que ninguém aprenda nada a partir deste pequeno ensaio: as mulheres não aprenderão nada, os caras que já sabem, já sabem, os homossexuais de fato não precisam aprender, e os caras que não sabem, na verdade, na verdade, encaixam-se na categoria anterior e ainda não perceberam.

Ainda assim, pela mera diversão inata de sacanear os outros e fazê-los compreender como isto aconteceu, o Bonilha Blog apresenta:

CATEGORIAS LÓGICO-FILOSÓFICAS DA AUTO-DELAÇÃO HOMOSSEXUAL

Entende-se por auto-delação quando um indivíduo, por meio de ato, palavra ou circunstância, evidencia sua opção sexual não convencional.

Deve-se levar em conta que isto abaixo não passa de uma pequena amostragem de um universo de categorias infindável e que, sinceramente, não temos paciência de ficar mostrando aqui. Claro, se você souber de alguma boa e quiser mandar, à vontade...

A cada categoria segue-se definição e um ou mais exemplos práticos.

A AUTO-DELAÇÃO HEGELIANA: pela ação, fica claro que há um confronto dialético na mente do sujeito, e que o lado não-convencional está ganhando. Ex.:
“Hmmm... não sei se levo este tênis branco ou este outro que parece uma sandália grega. Normalmente eu levaria o que parece a sandália sem pestanejar, mas ele é tão caro... ah, que se dane!”

A AUTO-DELAÇÃO MARXISTA: o sujeito em questão vai tomando quantidade por qualidade a tal ponto que a linha que divide uma coisa da outra desaparece. Ex.:
“Hoje to tão ávido, que a primeira mulher que aparecer aqui vou pegar”.
“To pior que você, cara! Pra mim, se tiver buraco, tô metendo!”

A AUTO-DELAÇÃO KANTIANA: a capacidade crítica do sujeito mostra inclinações suspeitas. Ex.:
“Peraí, gente, vocês têm que admitir que esse cara é muito bonito!”

A AUTO-DELAÇÃO NIETZSCHIANA: o sujeito demonstra conhecimentos excessivamente profundos do universo homossexual, que só podem ter sido obtidos por visitação ao mesmo (que como todos sabem, não tem volta). Ex:
“Ah, pra saber a sensação de beber, só mesmo bebendo!”
“Que nem dar a bunda, né?”
Pronto, o Abismo já olhou de volta.

A AUTO-DELAÇÃO FREUDIANA: ocorre quando fica evidente no sujeito que o complexo de Édipo dele projetou-se em figuras não convencionais. Ex.:
“Mas acho bonito isso, sabe? Ser dona de casa, cuidar das crianças... é preciso alguém muito forte, muito corajoso pra isso.”

A AUTO-DELAÇÃO SOCRÁTICA: quando confrontado com sua própria lógica, o universo anteriormente exposto pelo sujeito acaba por delatar sua homossexualidade. Ex.:
“Professor de Matemática ou é bicha ou é louco.”
“O senhor é louco, professor?”
“Não, que é isso!”
Ou:
“Aqui em Copacabana, na praia, a essa hora, só tem ou Traveco ou mulher feia.”
“Então só as mulheres são feias?”
“É.”

A AUTO-DELAÇÃO PLATÔNICA: muito comum. Sem nenhuma razão aparente de ser, desceu direto do mundo das idéias, onde tudo segue sua natureza essencial e onde, naturalmente, o sujeito em questão é bicha assumido. Ex:
“Se eu fosse homem e visse a Feiticeira na rua...”
Ou:
“Acabando essa partida pode deixar que eu libero pra geral.”
Ou ainda:
(entrando num bordel) “Boquete pra todo mundo! Eu pago!”

A AUTO-DELAÇÃO ARISTOTÉLICA: ao contrário da platônica, parte de evidência concreta. Ex:
“Aí, o Thiago ta lá embaixo pegando um cara.”
Ou:
“Podescrer, a gente olhou pro lado e quando viu o Ohanna tava beijando o traveco!”

A AUTO-DELAÇÃO JACKSONIANA: não é propriamente filosófica, mas ainda assim clássica. Ocorre diante do apreço exagerado por qualidades masculinas e infanto-juvenis, ou pela defesa deste apreço. Ex.:
“Ah, mas essa molecada jogando futebol é mesmo uma graça!”
ou:
“É, ele pode ter comido umas criancinhas, mas ainda é o Rei do Pop!”

posted by Heitor 5:28 PM

 

"Eu esperei uma eternidade por isso... atualizaram o bonilha!"

archives

Atualizado quando eu quero e foda-se!

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APOIO:

Gundam

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Autobots

Júpiter

Pinga: marca genérica

Tróia

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LINKS

alguém devia proibir esse tipo de trocadilho idiota.

Outros Blogs:

O Blog do Lendário Rufus (R. Balbi)

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Olha, parece até a seleção autobot de futebol.

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O Quartel General

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Outros:

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GameFAQs

Grosseria

The Official Counter-Strike Homepage

The Glenn Perry and AAP HP

The Mountain Astrologist

 

Nem todo mundo pode parecer sinistro. A maioria fica apenas... ridícula.

Bem-vindos! O blog mudou de hospedeiro, mudou de cara, largando aquela coisa de template temático, mas continua a mesma parada tosca.

BONILHA BLOG não é um projeto, não é uma experiência, é apenas um lugar onde posso escrever publicamente o que quer que ache interessante, para quem quer que ache interessante poder ler.

 

QUEM É VOCÊ?

Heitor Coelho, na casa dos vinte, atualmente no limbo entre bacharelado e advocacia, magalômano, ponto focal de convergência de interesses esdrúxulos, frequentemente confundido com Hector Bonilla, acredita em dialética, astrologia e robôs gigantes.

Se você tem algum comentário sobre esse blog, ou encontrou algum erro, link defeituoso, etc., por favor mande-me um mail

BREVE:

Xenosaga: Episode 2! Haradrynn! Tao 2! E mais referências pseudo-intelectuais do que você poderia contar nos dedos!

CONTOS DO BONILHA!

O velho Kryptus parece meio cansado... já faz 8 anos q ele estreou um conto meu.

Para você ler online, ou baixar para ler no seu computador. Um estoque permanente de toda minha "extensa" obra literária!

PS: Parei com aquela porcaria de legenda, aquilo dava muito trabalho...

CONTOS:

"APRENDIZ DE FEITICEIRO"- este é dos velhos. Magos infestam um futuro apocalíptico(q, aliás, já passou;-)).

"O ARNALDO É LOUCO" - crônica escolar, sobre meu antigo professor de matemática.

"OS DIAS NEGROS DE KRYNN" - ainda mais velho, meu primeiríssimo. D&D puro, se vc num gosta, fique longe.

"DEZ REALIDADES" - coletânea de dez pequenos contos ligeiramente interligados.

"DESCRENÇA EM 6° CÍRCULO" - menos D&D q Dias Negros, mas muito maior. Velhos companheiros de aventura reencontram-se, agora como inimigos.

"É, MAURÍCIO..." - o trágico fim de Maurício Razi?

"A TERRA DA DEUSA FURIOSA" - uma expedição rumo ao desconhecido e um final inusitado.

"NÉVOA PRATEADA" - a sequência de "Aprendiz de Feiticeiro".

"MOLHADO" - um assento de Ônibus molhado e muita realidade consensual.

"MATRIZ" - pequena sequência de estórias passando-se na Casa da Matriz, aki no Rio.(antes q vc pergunte, com personagens fictícios)

"RANDÔMICOS" - a origem de Gericault, andarilho dos olhos prateados, e um breve debate sobre Destino, Acaso e Morte.

"KÉRAMUS E O POTE DE VENTO" - a história do mago mais poderoso de Heshna, e de como ele consegiu encher um pote com vento.

"JUSTIÇA" - conto policial com Shade, um detetive levemente amargo.

"MUUNAITE III, DE PARTI" - 2 amigas batem um papinho na festa mais boyplay da cidade.

"TAO, O NOME" - conheça TAO, o maior jogador de videogame de todos os tempos.

"O SONHO DE TAKASHI" - o primeiro conto lodista! Pode Takashi lembrar-se de seu sonho e sua idéia ao mesmo tempo?

"PISANDRO" - um professor de História relembra sua juventude, seu amor perdido, e suas desavenças com Deus e o Destino.

"O EVANGELHO SEGUNDO K. C." - dois senhores discutem música e religião num futuro próximo. Bom, não tanto.

"NADA DEMAIS" - Nada demais mesmo. Juro.

"TAO - POR QUE LUTAR" - Tao, o rei dos games, revela algo do seu passado, e de como começou a jogar sério.

"BRINQUEDOS" - Os brinquedos de Joãozinho eram especiais: podiam falar e até mesmo brincar sozinhos! Ou será que eles estavam trabalhando?