quinta-feira, setembro 25, 2003
terça-feira, setembro 23, 2003
GERAÇÃO BIT 2 Bom, a empolgação com o retorno de meu computador à vida e com a banda larga acabou fazendo com que esquecesse de colocar algumas outras coisas do De Masi a respeito dos "digitais". Mas faço isso agora:
"Os 'digitais aderem em bloco a todas essas novidades de época e acabam compondo um único paradigma, que é um verdadeiro divisor de águas (...)
Por paradigma eu entendo um conjunto de elementos, de características e modos de pensar e viver que distinguem um novo grupo social cada vez mais vasto e diversificado: sua maioria é formada por jovens, mas não exclusivamente, e a maior parte deles desempregada, apesar de alguns trabalharem.
Se os chamo de 'digitais', isso não significa que eles se distinguem somente por uma identificação quase maníaca com o computador, o correio eletrônico e a Internet. Significa que o computaddor é o emblema deles, como a televisão foi o emblema da geração que se identificou com os meios de comunicação em massa, e a linha de montagem da que se identificou com a fábrica.
Os 'digitais' são muito sensíveis à ecologia e militam por um desenvolvimento sustentáveil. Aceitam com entusiasmo a multiplicidade de raças e a convivência pacífica de culturas e religiões diferentes, e não fazem muita distinção entre os dias úteis e feriados oficiais.
Eles não fazem demasiada distinção entre as atividades de estudo, trabalho e lazer. A convivência com o desemprego os acostumou a conciliar períodos de trabalho intensivo com outros dedicados mais ao estudo, a viagens, ao cuidado com a família ou ao grupos de amigos. Por isso também tendem a falar várias línguas, sobretudo o inglês, e a se comunicarem através de "novos esperantos": o rock, a arte pós-moderna, a desinibição nas relações sexuais e a ausência de ideologias fortes.
(...) Muitos estão desempregados, mas são cultos e estão bem de vida, e vivem da renda familiar. Nem todos, porém, dispõem de um patrimônio familiar. Porém estes dois subgrupos tendem a se misturar e a dar pouca importância seja ao dinheiro como um fim em si mesmo, seja ao consumo como símbolo de status. Cuidam do próprio corpo, mas não se vestem com roupas caras, dando mais valor ao conhecimento do que à aparência.
Os 'não-digitais' tendem a considerá-los como dilapidadores do patrimônio dos outros, mas eles não têm culpa de estarem desempregados. Tentaram achar um emprego, se adaptaram a mil biscates e só quando seus esforços se revelaram completamente vãos cederam ao tipo de vida 'digital', isto é, baseada na redução ao mínimo dos consumos vistosos e supérfluos, convivendo no clã dos amigos e nos circuitos existenciais e culturais alternativos.
Na verdadem os verdadeiros culpados do desemprego deles são seus pais, que se matam trabalhando dez horas por dia, monopolizando assim todo o trabalho disponível, convencidos de que se sacrificam, mas, no final das contas, negligenciando a família por causa da carreira."
Bom, uma discordância ou duas à parte (em especial no último parágrafo), acho q a formação dessa geração já é visível até mesmo num lugar mané feito o Brasil. E por bem ou por mal, acho q vão ser eles (eles? eu não deveria estar dizendo nós? hehehehe...) q vão definir o rumo das coisas num futuro já não tão distante...
posted by Heitor 10:54 PM
ZANGIEF E O CARCAJU NINJA Posso não ser um entusiasta do direito, mas com certeza sou muito menos entusiasmado com gente q acha q advogado num presta pra nada. Motivo? Analisemos, por exemplo, o caso com q lidamos hj.
O sr. Zangief faz consultoria a respeito da Convenção e do Regimento do condomínio onde é síndico, e em seguida requisita que redijamos uma nova versão de ambos, baseada numa original de 3 décadas de idade. A maioria das pessoas parece ter nojo da palavra consultoria, creio q lhes parece um luxo, ou uma ostentação de dinheiro, como, digamos, uma TV widescreen de 34 polegadas. O resto via de regra não sabe - ou não acredita - q um advogado possa fazer mais do q impedir a ex-mulher de limpar sua conta bancária ou tirá-lo da cadeia às 4 da manhã por dirigir bêbado. Infelizmente a maioria dos condôminos do edifício de Zangief não se encaixa em nenhuma das duas categorias, estando no rol dos mentalmente incapazes; e portanto o q eu farei a seguir não será um elogio aos juristas e sim uma depreciação dos imbecis.
Enfim, vale dizer q a coisa deu trabalho, já q a convenção antiga era uma merda e teve de ser totalmente reestruturada - eis pq se contrata alguém q estudou direito pra essas coisas. Mas de exemplo, peguemos o art. mais controverso e, pq não dizer, estúpido. Dizia, em qquer ponto da convenção - ou do regimento, sei lá, eskeci - mais ou menos assim:
"Não poderão os condôminos ter em casa animais de grande porte, sendo tolerados os de pequeno e médio porte, contanto que não sejam barulhentos e não incomodem os vizinhos."
Ah, pois sim. Quer dizer q se o meu pitbull assassinar um funcionário do condomínio no mais absoluto silêncio, sem sujar nenhuma residência nem incomodar nenhum morador, tudo bem?
Logicamente q mudamos isso pra algo mais ou menos assim:
"Não poderão os moradores ter em casa animais de grande porte, nem que possam representar perigo ou distúrbio."
Daí veio a reunião com a panelinha do condomínio - vcs sabem, todo gde condomínio tem uma. É um povo q acha q tomar para si todas as decisões relevantes do edifício e atazanar a vida dos demais moradores os faz mais importantes. Eles queriam mudar a redação do artigo.
- Queremos q fique assim: "não poderão os moradores ter em casa animais de grande porte, sendo tolerados os de pequeno e médio porte, contanto que não ataquem, machuquem, ou incomodem os condôminos de qualquer forma."
- Espera, espera! Vcs não podem deixar o texto assim!
- Dr., nós somos uma entidade autônoma e faremos como bem entendermos.
- Não, escuta! Com o regimento assim, vcs estão permitindo q. Olha. Digamos q eu tenha um carcaju em casa.
- Vc tem um carcajú em casa?
- Não importa! Digamos q eu morasse aki e tivesse um carcaju, e ele assassinasse um sujeito q estivesse na portaria por engano, sem fazer o menor ruído nem incomodar ninguém.
- Vc não mora aki, Dr.
- Mas e se eu morasse?
- Além disso, ninguém no prédio tem um carcaju.
- E esse trecho aki, onde vcs falam q animais de pequeno e médio porte são permitidos? Não precisa, é desnecessário, vc já disse q os de gde porte não são permitidos, fica subentendido.
- Queremos deixar bem claro.
- E "tolerados"? Pq "tolerados"? Pq não permitidos? O condomínio tem alguma coisa contra animais?!
- Nossa postura é de desencorajar os moradores de ter animais em casa.
- Mas todos vcs têm cachorros!! Até vc, Zangief!!
- Mas nenhum deles jamais mataria!
- Tá bom, então digamos q ele só coma uma perna, mas silenciosamente.
- Sinceramente, Dr., vamos considerar seu conselho, mas o sr. não sabe nada deste condomínio.Eu mereço.
PS: OK, é lógico q o diálogo não foi assim tão absurdo; e nem eu fui o único representante do escritório nele. Mas acreditem, tbm não passou muito longe.
posted by Heitor 9:25 PM
Bom, alegria! Meu PC parece finalmente ter se conformado com a idéia de funcionar direito. Com isso, pude finalmente atualizar o Carrasco de Órion hj. Isto pode vir a significar um aumento de minha frequência de postagem tbm - ou não, vai saber.
posted by Heitor 3:04 AM
Atualizado quando eu quero e foda-se!
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Bem-vindos! O blog mudou de hospedeiro, mudou de cara, largando aquela coisa de template temático, mas continua a mesma parada tosca.
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Heitor Coelho, na casa dos vinte, atualmente no limbo entre bacharelado e advocacia, magalômano, ponto focal de convergência de interesses esdrúxulos, frequentemente confundido com Hector Bonilla, acredita em dialética, astrologia e robôs gigantes.
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PS: Parei com aquela porcaria de legenda, aquilo dava muito trabalho...
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