terça-feira, junho 01, 2004
NIILODO METALINGUÍSTICO NÃO ME SERVE MAIS
Não me serve mais a poesia
Meus dedos débeis não digitam
minhas pernas não me levam aos rascunhos
minha fúria não sabe fazer rimas
minha inveja não ordena a métrica
minhas estrofes ficam sem rumo.
Fosse eu justo e calmo
organizaria os versos e as palavras.
Tivesse eu paciência e dedicação
ignoraria as batidas na porta
o canto dos pássaros
o chamado do dia.
Mas nada.
Já não me serve mais a poesia
débil imitação da vontade dos desejos.
Já nem desejo mais, de tão débil
e os desejos já não se jogam no papel
nem se livram da vontade, de tão imitados
Os sonhos não vêm.
A dor desiste a meio caminho
A lembrança some em fuga
A paixão já foi faz tempo
As paredes não têm culpa
O gosto muda-se
O peito palpita sem motivo
Estamos ambos anestesiados
(de sentimento)
Anestesiados de falsa verdade
(nem damos bola)
Nem nos damos o trabalho de complicar
É tão simples
Amo e não me amam de volta
Ou não sei se amam
Ou nem sei se amo
Ou não me importa.
Então de que me serve
De que me servirá
De que me serviria
A merda da poesia?
ALIRISMO
Não estou bêbado
Não estou andando em zigue-zague
Não estou embolando as palavras
Não estou rindo à toa
Não estou com vergonha
Não estou gaguejando
Não estou com os dedos trêmulos
Não estou com um sorriso estúpido
Não estou com raiva
Não estou trincando os dentes
Não estou socando as paredes
Não estou olhando feio pro meu computador
Não estou sentindo sono
Não estou sentindo fome
Não estou angustiado
Não estou me sentindo terrivelmente só
Não estou imaginando seu rosto
Não estou pensando em você enquanto escrevo
Não estou ouvindo sua voz misturada com os gritos dos vizinhos
Não estou apaixonando de novo
Não estou apaixonado como um garoto de quinze anos
Não estou abandonando meu bom senso
Não estou abandonando minhas prioridades
Eu aprendi com o passado
Eu imponho regras à minha poesia
Eu não escrevo versos cifrados
Não faço charme de quem diz sem dizer
Eu digo o que eu quero!
Eu digo direto!
Eu digo na lata!
Não preciso de anáfora
Não preciso de estrofe
Não preciso de verso
Não estou nem dando pista
Não estou nem bolando um plano
Não estou nem me importando.
Droga!
Deixem a arte em paz
que ela não tem público
Deixem a paixão em paz
que ela não tem jeito
Deixem a burrice em paz
que ela não tem cura
Deletem as cópias deste arquivo
Destruam os backups
Derrubem os servidores
Esta poesia já não tem sentido nem propósito
Não tem nem graça
Não tem nem motivo
Livre-se dela.
Não tente entendê-la
Não tente absorvê-la
Nem tente interpretá-la
Não estou mais ouvindo sua opinião
Não estou divulgando
Não estou escrevendo
Não estou na lista
Não faço mais poesia lodista.
posted by Heitor 12:40 AM
Atualizado quando eu quero e foda-se!
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Heitor Coelho, na casa dos vinte, atualmente no limbo entre bacharelado e advocacia, magalômano, ponto focal de convergência de interesses esdrúxulos, frequentemente confundido com Hector Bonilla, acredita em dialética, astrologia e robôs gigantes.
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PS: Parei com aquela porcaria de legenda, aquilo dava muito trabalho...
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"BRINQUEDOS" - Os brinquedos de Joãozinho eram especiais: podiam falar e até mesmo brincar sozinhos! Ou será que eles estavam trabalhando?